quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Wolve Wherter Crowley - Poesias

Minha reminiscência

Tu ! Submerges minha memória,
Afogadas em suas lembranças
No profundo das amarguranças
Meu oceano da pena tortuória

Dramante Nênia de suplicer,
Situação de alguém ausente
Amargurado reminiscente
Pois a dor, faz parte de meu ser

Ah ! Meu vazio, o meu ferimento,
Dor ? Sensação, à mim sentimento
Da lembrança triste que não sabes.

Os dias são meu moral tormento
São pedras, que somam sofrimento
Pesam ! Por de ti sentir saudades.


Meu vinho em silêncio

Cortada as madrugadas,
Nas admirações minhas,
As noites enluaradas.

Deitada nas nuvens prateadas,
Embaladas no sopro da escuridão,
O céu noturno e o clarão
Minhas “noites em claro”!

Buscando lembranças e sozinho,
Querendo amores e bebendo vinho,
Se está vazio! Logo encho,

Para beber mais uma taça
Do cigarro tragada a fumaça
Calem-se! Meu vinho em silêncio!


Atroz madrugada

Estamos ébrios ao dia que vem esperar,
Neste fim de noite que estamos a blasfemar,
Incógnitos e oriundos esperando o dia clarear,
Para assim amenizar as dores e dormitar.

Esperando a última estrela se apagar
Neste véu que as nuvens escondem o luar,
Cataléptica em seu leito a florar,
O cântico dos pássaros, dizendo, o sal vai despontar.

Em marcha fúnebre a noite se despede, como múrmura
Na podridão dos versos, ao sol nos resta esperar,
Só resta dormir com as saudades do seu luar
Que a lua não nos quer, nesta noite mostrar.

Noite se estingue sem seu pranto deixar
Até a última vela também se apagar,
Verificando em madrugada no seu calar,
O último gemido nesta noite? Amar!

Eu cálido a poetizar em noite sozinho a me deixar
Andar pela penumbra sem te enxergar,
Tristezas vocíferas de minha boca sangrar
Toda a amargura que me fez chorar.


Será o vinho este companheiro inseparável

Será o vinho este companheiro inseparável,
Que nesta noite nos busca na solidão,
E nos torna pensativos ao momento favorável
E além das luzes estaremos na escuridão.

Lembrai-vos, será este momento sacro
Que à nós cabe o último desabafo
E cantamos, nosso sofrimento devastado
Por toda eternidade nesse mundo escasso

Oh ! Minha suprema dor infinda
Que o vinho mergulha nesta letargia
É nossa mísera vida !
Nos resta beber,sofrer, esquecer esta agonia

Mas, será ele que na solidão nos consola,
Nesta noite onde nem o amor nos conforta
E na vida foi parasita de nossa aurora
A flor da mocidade que agora tu cortas

E por ele foi amante insaciável
Até nos momentos de lágrimas
Amar, sofrer, viver, o vinho companheiro inseparável
Que nas noites, amigo tu choras !

Nenhum comentário: